Subversos

Derrames cerebrais com vida própria

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Não voo nem faço coisas



Explodido como um animal no ar
não voo nem faço coisas

Sossegado mas nem sei o que sou
Sossegado e prestável nem sei o que sou
Uma condição física sei que não sou
Mas uma noite as minhas barbatanas desapareceram
Afundaram à minha frente, evaporaram, dissiparam-se na atmosfera
Não sei o que sou sem elas
Não sei, não sei o que sou sem elas

Não voo
Não voo
Não voo

Não voo nem faço coisas
expandido como um animal no ar
não voo nem faço coisas

Sossegado e
sossegado e prestável
uma condição física
Uma noite as minhas barbatanas desapareceram
Sejamos realistas, nunca começo por engolir em seco
as barbatanas recompostas, braços voltando
miolo explodido, polpa sugada

Não voo nem faço coisas
explodido como um animal no ar
não voo nem faço coisas

Mas onde quer que vá não fico nada nada estimulado
Bichos excitados desagregam-se debaixo de copos
os mais plenos pensamentos
mergulhando e levantando voo
terminando e recomeçando
Casa, muros e fios eléctricos
Não voo

1 Comments:

Blogger Lord of Erewhon said...

Que tal concebermos uma nova mitologia estival de vampiros aquáticos? Teria piada... o pessoal começar todo a bazar das praias e a dedicarem-se, no Verão, a restaurar castelos ou algo do género! JAJAJA!!!

14/1/06 16:00  

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