POEMA MEDÍOCRE 11
O cavalinho de madeira ainda
baloiça sobre a estrada como se
a infância não fosse um dos
teus
fantasmas.
Acelerei naquela noite sem saber
se ir-me-ia matar nas tuas
mãos abertas sobre o meu
corpo quente minutos depois do copo frio levado aos
lábios abertos, sujos do chop soy
de vaca louca ou de galinha
constipada de H5N1.
De certeza que o barco de papel não resistirá à incerteza dos
dias naufragados no calar da tua
distância quando num carpir de
bêbedos os marinheiros choram
o afogar das suas sereias.
Foi o teu fantasma, abraçado ao teu colo,
amamentando a serpente no teu peito.
Foi o teu fantasma o brinquedo, o pente o céu azul…
Foi o teu fantasma o bibe, o guardanapo o estojo com a abelha Maia…
Foi o teu fantasma o Rato Mickey e o Pateta, o Demolidor e o Homem de Ferro…
Foi o teu fantasma a viola partida de cinco cordas, a Clarabela e o céu azul…
Foi o teu fantasma aquela que amaste numa noite no teu carro pulsando o calar dos pulsos no calor da madrugada inquieta…
Foi o teu fantasma o «animal selvagem que no silêncio te procura»… (e o céu azul também)
Foi o teu fantasma…
(continua a sê-lo)
Foi o teu fantasma…
…embora hoje tu saibas
que não se domesticam os mortos.
RMM
O cavalinho de madeira ainda
baloiça sobre a estrada como se
a infância não fosse um dos
teus
fantasmas.
Acelerei naquela noite sem saber
se ir-me-ia matar nas tuas
mãos abertas sobre o meu
corpo quente minutos depois do copo frio levado aos
lábios abertos, sujos do chop soy
de vaca louca ou de galinha
constipada de H5N1.
De certeza que o barco de papel não resistirá à incerteza dos
dias naufragados no calar da tua
distância quando num carpir de
bêbedos os marinheiros choram
o afogar das suas sereias.
Foi o teu fantasma, abraçado ao teu colo,
amamentando a serpente no teu peito.
Foi o teu fantasma o brinquedo, o pente o céu azul…
Foi o teu fantasma o bibe, o guardanapo o estojo com a abelha Maia…
Foi o teu fantasma o Rato Mickey e o Pateta, o Demolidor e o Homem de Ferro…
Foi o teu fantasma a viola partida de cinco cordas, a Clarabela e o céu azul…
Foi o teu fantasma aquela que amaste numa noite no teu carro pulsando o calar dos pulsos no calor da madrugada inquieta…
Foi o teu fantasma o «animal selvagem que no silêncio te procura»… (e o céu azul também)
Foi o teu fantasma…
(continua a sê-lo)
Foi o teu fantasma…
…embora hoje tu saibas
que não se domesticam os mortos.
RMM
4 Comments:
Gostei :)
Bjx
Já tinha comentado este post, no entanto não podia passar por aqui sem deixar votos de uma Santa e Feliz Páscoa.
Bjx e bom fim de semana
Deixo votos de de uma Feliz Páscoa.
Huummm... cheira-me a sereia tresloucada na costa... Cuidado com as musas, cuidado...;)
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