A Fada
Naquela aldeia do Mar
Por onde passam dois forasteiros
Ela está com todos na cozinha
Ela está com todos entre especiarias
Sim, ela está com todos!
Daqui a séculos um estrondo
Ocultará morte distante.
Errada é a extinção animal
Mas é morte. Não vê a Fada
Perdida na treva total
Com dois forasteiros?
Mas ela queria muitos mais...
Queria milhões de estranhos,
Daqueles prolixos, próximos,
Que escrevem prosas mesozóicas
E assumidamente se distanciam
Da morte, do ódio, do peixe.
Estava com todos, tinha milhões de estranhos,
E longe daquele minuto madrugador
Sabia como fugir deles!
Mas queria muito mais.
Queria um homem
Que se fosse embora àquela hora,
Lhe entregasse aquela agressão
Deixasse morrer o nascimento
Uma hora e um golpe lúcido
Que ela não irá receber.
Entre dois forasteiros
Poucos homens possíveis
Respondem ao muro
Sem avaliar o espaço encontrado
Desde que a noite se foi
E levou vinho, livros, tormenta.
E naquele minuto pleno
Assim se encontra um homem!
Aquela aldeia do Mar!
Não tinha nenhuma frase bruta,
Nem sabia o cheiro dos homens,
Nem as pancadas mais carinhosas,
Estancou, recebeu os golpes, esqueceu
Estava em redor de uma mão,
de pés, ataques, fugas
E quando se conseguiu expressar,
Já nem o dia existia
Nem aquela banal profusão de gente
Estão a ver, meus estranhos?
Aquela ausência inerte
Que precisava coser o dia
Era muito mais do que a Fada.
Era no fundo a defesa
Que neutralizava a besta.
Naquela aldeia do Mar
Por onde passam dois forasteiros
Ela está com todos na cozinha
Ela está com todos entre especiarias
Sim, ela está com todos!
Daqui a séculos um estrondo
Ocultará morte distante.
Errada é a extinção animal
Mas é morte. Não vê a Fada
Perdida na treva total
Com dois forasteiros?
Mas ela queria muitos mais...
Queria milhões de estranhos,
Daqueles prolixos, próximos,
Que escrevem prosas mesozóicas
E assumidamente se distanciam
Da morte, do ódio, do peixe.
Estava com todos, tinha milhões de estranhos,
E longe daquele minuto madrugador
Sabia como fugir deles!
Mas queria muito mais.
Queria um homem
Que se fosse embora àquela hora,
Lhe entregasse aquela agressão
Deixasse morrer o nascimento
Uma hora e um golpe lúcido
Que ela não irá receber.
Entre dois forasteiros
Poucos homens possíveis
Respondem ao muro
Sem avaliar o espaço encontrado
Desde que a noite se foi
E levou vinho, livros, tormenta.
E naquele minuto pleno
Assim se encontra um homem!
Aquela aldeia do Mar!
Não tinha nenhuma frase bruta,
Nem sabia o cheiro dos homens,
Nem as pancadas mais carinhosas,
Estancou, recebeu os golpes, esqueceu
Estava em redor de uma mão,
de pés, ataques, fugas
E quando se conseguiu expressar,
Já nem o dia existia
Nem aquela banal profusão de gente
Estão a ver, meus estranhos?
Aquela ausência inerte
Que precisava coser o dia
Era muito mais do que a Fada.
Era no fundo a defesa
Que neutralizava a besta.
3 Comments:
gostei! e obrigada pela visita no meu blog! és um fôfo!
bjs
Gostei da tua Poesia. Voltarei aqui, para ler o resto do Blog...
Um abraço e bom fim de semana :)
Gostei!
Bom sábado ;)
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