Blue Tuesday
« homenagem ao 11 de setembro »
duas torres foi pouco…
eis que se ergue um anjo sobre o ocidente. Possui uma asa preta e outra branca. traz no peito o Islão e nas costas alguns europeus, africanos… e até americanos!
é algo temível e indestrutível. carece de rosto, como outrora as multinacionais da razia, do braqueamento, da miséria, do terrorismo, da castração, da repressão, da estupidificação…
como tu, Islão, há muito que deixei de chorar a morte dos outros e passei a chorar a minha
Ah como desejo
que me arranquem a cabeça e a coloquem a fazer de alvo no empire states building ou na estátua da liberdade para que possa beijar na boca, e com a boca, um dos aviões de «bin Laden»
Ah como anseio
ser bombeiro, nestes momentos, e poder ter a sorte de encontrar naqueles corpos mutantes um fio de ouro ou um dente de diamante – sei lá… a miséria por aquelas bandas é tanta!
Ah como ambiciono
alistar-me nas forças de elite norte-americanas e ter nas mãos uma antiaéria para dizimar, nunca um avião – nunca que poderia estar a evitar que outra torre fosse destruída! –, mas sim pelotões e pelotões numa só rajada enternecida
duas torres foi pouco, tão pouco
ó gentes!, jamais acreditem que não temos por cá génios, capazes de envergonhar o mais criativo de hollywood (a coisa é mediática, não é?!)
ó gentes!, nunca me confundam com um terrorista, e muito menos com um assassino – assassina é toda esta sociedade que se vitima a si mesma devido ao excesso de ganância, impotência e imbecilização
assassinos somos todos nós que fazemos da possibilidade, da paz, uma impossibilidade. Sim, assassinos somos todos nós que diariamente permitimos que os nossos desejos e impulsos sejam ceifados;
na impossibilidade de:
comprar um porsche
adquirir uma mansão (oh, uma mansão!)
aniquilar alguns dirigentes, políticos, económicos, religiosos, que arquitectam toda esta desgraça, toda esta miséria
mas… falemos de Causas Nobres: na impossibilidade de alimentar os que sentem com a fome as doenças, a dor, a morte…
para matar basta não querer, rejeitar, negar, ignorar – e que melhor sabemos nós fazer?!
ó gentes!, não devemos permitir que jipes trucidem corpos. Não, não devemos permitir, nem tão-
-pouco tolerar, que assassinos assassinem pessoas que diziam: “mil vezes uma criança nos braços que um milhão de biliões de liras/dólares”
ó carabinieres, ó exemplos da democracia!
não, não devemos aceitar, pactuar, que milhões de crianças morram todos os anos em África e na Ásia.
nem tolerar que se despejem bombas e mais bombas por todo esse mundo fora.
ó rico urânio empobrecido! ó leucemia! ó cancros!
não, não há razão para ficarmos estupefactos com o que aconteceu em nova iorque – pois quem fez o que fez sabe que Gandhi não resultou
Justiça a letras de veneno!
Justiça a letras de fogo!
Justiça a letras de sangue!
basta de cimeiras e de conferências da incompreensão. que façam uma cimeira do silêncio – poderá ser que obtenham o tão desejado entendimento
não, não esperem que os asiáticos se submetam às clínicas de dermoestética espanholas, afim de arredondarem os olhos à nossa semelhança
nem que os pretos se prestem a plásticas da epiderme, afim de se tornarem brancos. não, nem, tão-
-pouco, esperem que o Islão se converta ao catolicismo
se acham que tudo isto que digo é absurdo, digo-
-vos: absurdo é o que pretendem fazer com a «globalização».
com ela não os irão alterar por fora, irão alterá-los por dentro – muito mais subversivo portanto;
de hoje em diante um sim perpétuo à liberdade, aos direitos fundamentais, à autodeterminação dos povos. há que respeitar as suas culturas, as suas etnias, as suas raízes – não à adulteração, sim às minorias!
com que direito, com que direito quiseram transformar um índio num europeu ou americano se sabemos que é muito mais digno ser índio?!! oh, mil vezes sermos índios!!!
duas torres? tão pouco, se pensarmos um pouco!
puta que pariu o luxo! puta que pariu as ideologias pré-fabricadas! puta que pariu os tecnocratas e as suas multinacionais exploradoras – Puta Que Pariu!
chafurdemos no lodo, nos guetos que criámos, como bons ratos de esgostos que somos!
utilizemos o sistema informático, a nova cruz disfarçada de “pc”, perante a nossa própria «humanidade» de mentecaptos, de farmacodependentes, de serial killers, de business men…
há que puni-los! há que puni-los! há que puni-los!, porque neste mundo tudo se justifica, principalmente as suas vidas com as nossas mortes!
irei esquecer-me de muitas coisas
irei esquecer-me das sanções económicas
dos inúmeros actos terroristas!
abençoados os resistentes! abençoados os sobreviventes! abençoados os que não se integraram – porque neste sistema corrupto e nojento só integram os Filhos da Puta!
Duas torres?!… Foi pouco, MESMO POUCO
texto escrito a 20 de Setembro de 2001, 9 dias após os atentados, e lido na rádio "VoXX" durante o mês de Outubro, por: Luís F. Simões - Rascunho
« homenagem ao 11 de setembro »
duas torres foi pouco…
eis que se ergue um anjo sobre o ocidente. Possui uma asa preta e outra branca. traz no peito o Islão e nas costas alguns europeus, africanos… e até americanos!
é algo temível e indestrutível. carece de rosto, como outrora as multinacionais da razia, do braqueamento, da miséria, do terrorismo, da castração, da repressão, da estupidificação…
como tu, Islão, há muito que deixei de chorar a morte dos outros e passei a chorar a minha
Ah como desejo
que me arranquem a cabeça e a coloquem a fazer de alvo no empire states building ou na estátua da liberdade para que possa beijar na boca, e com a boca, um dos aviões de «bin Laden»
Ah como anseio
ser bombeiro, nestes momentos, e poder ter a sorte de encontrar naqueles corpos mutantes um fio de ouro ou um dente de diamante – sei lá… a miséria por aquelas bandas é tanta!
Ah como ambiciono
alistar-me nas forças de elite norte-americanas e ter nas mãos uma antiaéria para dizimar, nunca um avião – nunca que poderia estar a evitar que outra torre fosse destruída! –, mas sim pelotões e pelotões numa só rajada enternecida
duas torres foi pouco, tão pouco
ó gentes!, jamais acreditem que não temos por cá génios, capazes de envergonhar o mais criativo de hollywood (a coisa é mediática, não é?!)
ó gentes!, nunca me confundam com um terrorista, e muito menos com um assassino – assassina é toda esta sociedade que se vitima a si mesma devido ao excesso de ganância, impotência e imbecilização
assassinos somos todos nós que fazemos da possibilidade, da paz, uma impossibilidade. Sim, assassinos somos todos nós que diariamente permitimos que os nossos desejos e impulsos sejam ceifados;
na impossibilidade de:
comprar um porsche
adquirir uma mansão (oh, uma mansão!)
aniquilar alguns dirigentes, políticos, económicos, religiosos, que arquitectam toda esta desgraça, toda esta miséria
mas… falemos de Causas Nobres: na impossibilidade de alimentar os que sentem com a fome as doenças, a dor, a morte…
para matar basta não querer, rejeitar, negar, ignorar – e que melhor sabemos nós fazer?!
ó gentes!, não devemos permitir que jipes trucidem corpos. Não, não devemos permitir, nem tão-
-pouco tolerar, que assassinos assassinem pessoas que diziam: “mil vezes uma criança nos braços que um milhão de biliões de liras/dólares”
ó carabinieres, ó exemplos da democracia!
não, não devemos aceitar, pactuar, que milhões de crianças morram todos os anos em África e na Ásia.
nem tolerar que se despejem bombas e mais bombas por todo esse mundo fora.
ó rico urânio empobrecido! ó leucemia! ó cancros!
não, não há razão para ficarmos estupefactos com o que aconteceu em nova iorque – pois quem fez o que fez sabe que Gandhi não resultou
Justiça a letras de veneno!
Justiça a letras de fogo!
Justiça a letras de sangue!
basta de cimeiras e de conferências da incompreensão. que façam uma cimeira do silêncio – poderá ser que obtenham o tão desejado entendimento
não, não esperem que os asiáticos se submetam às clínicas de dermoestética espanholas, afim de arredondarem os olhos à nossa semelhança
nem que os pretos se prestem a plásticas da epiderme, afim de se tornarem brancos. não, nem, tão-
-pouco, esperem que o Islão se converta ao catolicismo
se acham que tudo isto que digo é absurdo, digo-
-vos: absurdo é o que pretendem fazer com a «globalização».
com ela não os irão alterar por fora, irão alterá-los por dentro – muito mais subversivo portanto;
de hoje em diante um sim perpétuo à liberdade, aos direitos fundamentais, à autodeterminação dos povos. há que respeitar as suas culturas, as suas etnias, as suas raízes – não à adulteração, sim às minorias!
com que direito, com que direito quiseram transformar um índio num europeu ou americano se sabemos que é muito mais digno ser índio?!! oh, mil vezes sermos índios!!!
duas torres? tão pouco, se pensarmos um pouco!
puta que pariu o luxo! puta que pariu as ideologias pré-fabricadas! puta que pariu os tecnocratas e as suas multinacionais exploradoras – Puta Que Pariu!
chafurdemos no lodo, nos guetos que criámos, como bons ratos de esgostos que somos!
utilizemos o sistema informático, a nova cruz disfarçada de “pc”, perante a nossa própria «humanidade» de mentecaptos, de farmacodependentes, de serial killers, de business men…
há que puni-los! há que puni-los! há que puni-los!, porque neste mundo tudo se justifica, principalmente as suas vidas com as nossas mortes!
irei esquecer-me de muitas coisas
irei esquecer-me das sanções económicas
dos inúmeros actos terroristas!
abençoados os resistentes! abençoados os sobreviventes! abençoados os que não se integraram – porque neste sistema corrupto e nojento só integram os Filhos da Puta!
Duas torres?!… Foi pouco, MESMO POUCO
texto escrito a 20 de Setembro de 2001, 9 dias após os atentados, e lido na rádio "VoXX" durante o mês de Outubro, por: Luís F. Simões - Rascunho
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