Subversos

Derrames cerebrais com vida própria

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

A cena do jorro

Corria de braços abertos
Nunca percebi ao certo que alegria toda era aquela ou seria medo desespero raiva…
A cena foi linda parecia um quadro
Que belo vestido trazia um vestidinho azul de cetim que lhe assentava tão bem ficava tão bem com a sua pele clara macia
E o vermelho…

Foi como uma dança que só se pudesse dançar uma vez
Espero que o público tenha gostado pois não voltarei a repetir
Foi lindo vê-la ali de braços abertos rodopiando
Que será que ela quis dizer com aquela carinha os olhos os olhos muito abertos a boquinha tão frágil tão linda ela toda
Que cena tão bela

E aquela voz tão macia
Estridente mas macia era como música uma música dos confins do universo que notas
Não percebi a letra mas ainda ouço o eco
Mas seria raiva alegria medo o que sentia nunca saberei
Foi inevitável aproveitar o momento ela ali rodopiante com o seu vestidinho que cena linda estava mesmo a pedir
Deixei cair a lâmina e o crânio abriu-se em dois