“ou do Novo se faz Velho e vice-versa
De facto, uma sociedade que se queira consciente tem de ser sempre uma sociedade que faz escolhas conscientes. Hoje em dia a capacidade de escolha dos indivíduos é cada vez mais diminuta. Vive, porém, a ilusão que essa escolha existe e isso é uma imagem que é sistematicamente vendida. Este é um aspecto dentro do qual a publicidade e a propaganda partidária são bons e fiéis exemplos de como a manipulação cognitiva e afectiva é direccionada, cingindo-se, quase em exclusivo, a aspectos mercantilistas, ou de saque social e humano.
Desta maneira não são só os habitantes dos guetos da exclusão que vivem como excluídos. Gradualmente os efeitos perversos de uma globalização sem controle geram esses efeitos em cada um de nós. Mesmo naqueles, que tal como eu, tecem as suas pequenas críticas. Do reclame do iogurte de dieta até ao slogan do deputado em cima de um palanque são muito curtas as distâncias, principalmente de vistas. Mas, mesmo assim, o desencanto das pessoas com os políticos é muito maior do que com os produtos que compram e compram porque todos os dias são bombardeadas para comprar e comprar. Criando elas próprias as suas necessidades básicas que depois têm de manter e manter até surgirem novas e novas necessidades. Porque os principais objectivos do mercado, mercado da comunicação incluído tendo como expoente máximo as telecomunicações, é tornar obsoletos os bens que eles próprios venderam na véspera.
Por mais críticos que sejamos, ou por mais disfóricos que nos queiram chamar, a grande verdade é que todos os ecos da sociedade do consumo e do individualismo de imitar os outros (para não nos sentirmos sós?) penetra em cada um de nós. Mesmo no espírito dos críticos que, sim é verdade, também necessitam que as coisas estejam más para poderem continuar a criticar. Justificando, desta maneira, a sua existência. Não é à toa que a sociedade da comunicação passou a promover os think tank (fazedores de opiniões), ou os chamados comentadores de serão televisivo”.
Ricardo Mendonça Marques, Os Media e a Sociedade da Exclusão
De facto, uma sociedade que se queira consciente tem de ser sempre uma sociedade que faz escolhas conscientes. Hoje em dia a capacidade de escolha dos indivíduos é cada vez mais diminuta. Vive, porém, a ilusão que essa escolha existe e isso é uma imagem que é sistematicamente vendida. Este é um aspecto dentro do qual a publicidade e a propaganda partidária são bons e fiéis exemplos de como a manipulação cognitiva e afectiva é direccionada, cingindo-se, quase em exclusivo, a aspectos mercantilistas, ou de saque social e humano.
Desta maneira não são só os habitantes dos guetos da exclusão que vivem como excluídos. Gradualmente os efeitos perversos de uma globalização sem controle geram esses efeitos em cada um de nós. Mesmo naqueles, que tal como eu, tecem as suas pequenas críticas. Do reclame do iogurte de dieta até ao slogan do deputado em cima de um palanque são muito curtas as distâncias, principalmente de vistas. Mas, mesmo assim, o desencanto das pessoas com os políticos é muito maior do que com os produtos que compram e compram porque todos os dias são bombardeadas para comprar e comprar. Criando elas próprias as suas necessidades básicas que depois têm de manter e manter até surgirem novas e novas necessidades. Porque os principais objectivos do mercado, mercado da comunicação incluído tendo como expoente máximo as telecomunicações, é tornar obsoletos os bens que eles próprios venderam na véspera.
Por mais críticos que sejamos, ou por mais disfóricos que nos queiram chamar, a grande verdade é que todos os ecos da sociedade do consumo e do individualismo de imitar os outros (para não nos sentirmos sós?) penetra em cada um de nós. Mesmo no espírito dos críticos que, sim é verdade, também necessitam que as coisas estejam más para poderem continuar a criticar. Justificando, desta maneira, a sua existência. Não é à toa que a sociedade da comunicação passou a promover os think tank (fazedores de opiniões), ou os chamados comentadores de serão televisivo”.
Ricardo Mendonça Marques, Os Media e a Sociedade da Exclusão
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