Subversos

Derrames cerebrais com vida própria

quinta-feira, novembro 17, 2005

Aquilo não é ódio



Acredito que a morte seja simples
Sempre que eu me queira levantar e ouvir-te vestida
Não é ódio isso que tu não sentes
A morte não tem de estar vazia de normalidade?
Não quero que me persigas em cima da cadeira, quero que me mordas os pés
Não é ódio isso que tu não sentes
Acredito que nos limites o prazer acabe por chegar
Quando tu sabes tão mal
Acredito que nos limites o prazer acabe por chegar
Enquanto os meus pés congelam
Não é ódio isso que tu não sentes
Nem no Inverno, nem no Outono
Me sabe a pouco uma coisa tão vulgar

Sou a única realidade que contas a toda a gente
Sou a tua grande e pura notícia, que não queres guardar para ti
Vai-te embora, vai-te daqui, eu estorvo-te a memória
Faço com que o tecto se construa de dentro de ti, a desabrochar
Não é ódio isso que tu não sentes

2 Comments:

Blogger Alberto Oliveira said...

..."se aquilo não é ódio" eu sou sócio de uma agência funerária...

Bom fim de semana!

(O meu post de ontem também tem a "morte a envolvê-lo"...)

18/11/05 15:01  
Blogger Vostradong said...

Gostei. Passarás a ter link neste blog :)

18/11/05 20:25  

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